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a gente está pagando para ficar mais burro?

E a academia que deu fim ao revezamento e deve faturar R$20 milhões

Ladies and gentlemen, sejam bem-vindos ao POV by Vinci. 🤓

Mais um episódio dos nossos bastidores… A Vinci está caminhando para alcançar um faturamento de 36 milhões de reais em 2025 e, como sabem, queremos compartilhar os aprendizados, erros e acertos, e todas as experiências ao longo da jornada. Então, antes de ler a sua newsletter semanal favorita, pegue a sua pipoquinha e assista ao episódio.

Na edição de hoje:

🤓 a gente está pagando para ficar mais burro?

👀 A academia que deu fim ao revezamento e deve faturar R$20 milhões

🧠 It's like my iPod stuck on replay

MARCAS SEXYS E RICAS

A gente está pagando para ficar mais burro?

Seja sincero comigo… Quantas vezes você abriu o Waze para ir a um lugar que já conhece? Ou tirou uma foto de algo, mas depois percebeu que não lembra direito do momento? Pois é. A gente está terceirizando funções básicas do nosso cérebro e, como toda musculatura, a mente também atrofia quando não é usada.

Historicamente, sempre criamos ferramentas para reduzir esforço físico: carros para locomoção, guindastes para peso, máquinas para trabalho braçal.

A diferença é que, agora, criamos tecnologias para reduzir esforço mental:

  • A memória, substituída pela galeria de fotos.

  • O senso de direção, pelo GPS.

  • A atenção, por um feed infinito de conteúdos rasos.

  • E, mais recentemente, o pensamento estruturado, pela Inteligência Artificial.

O escritor Paul Graham resume bem: “Escrever é o ato prático de pensar”. Quando você terceiriza a escrita para um algoritmo, está terceirizando também o raciocínio.

O que a ciência diz sobre isso?

  1. Cognitive Offloading (ou como prefiro chamar, o Efeito Google): confiar demais em ferramentas externas reduz nossa capacidade de reter e processar informações por conta própria. Esse estudo da Universidade de Columbia mostra que, quando sabemos que uma informação está acessível, lembramos menos o conteúdo e mais “onde buscar”, um fenômeno chamado transactive memory.

  2. Photo-Taking Impairment Effect: fotografar algo pode fazer você lembrar menos do que viu. Foi exatamente o que Linda Henkel, da Universidade de Fairfield, identificou em seu trabalho: aqueles que fotografaram objetos tiveram uma redução na capacidade de se lembrar dos detalhes.

  3. Automation Bias: tendemos a aceitar respostas automatizadas sem questionar, reduzindo pensamento crítico. Esse artigo do Washington Post detalha exatamente os riscos de confiar cegamente na inteligência artificial.

E, com a IA generativa, como o ChatGPT, há um risco ainda maior: a homogeneização cultural - quando todos partem das mesmas respostas-modelo, o pensamento original se torna menos treinado e, como consequência, extremamente raro.

Mas temos uma boa notícia… Se você quer escapar desse sedentarismo cognitivo, aqui está uma lista do que deve ser feito para fazer da tecnologia uma ferramenta, não um substituto.

1. Crie antes de consumir: reserve momentos de produção sem referências externas.

2. Questione sempre: tudo o que você encontrar, seja online ou em livro, deve ser questionado - “o que falta?”, “o que pode estar errado?”, “qual a tese oposta existe?”

3. Treine seu mapa mental: de vez em quando, navegue sem GPS - você vai se surpreender com a experiência!

4. Pense antes de pedir: escreva um rascunho manual à mão mesmo antes de gerar tudo com IA.

5. Amplie, não inicie: use a inteligência artificial para gerar múltiplos caminhos opostos e depois reconstrua com a sua visão.

A lógica é simples: sem consciência, a tecnologia não só acelera processos, mas também acelera a nossa própria obsolescência mental. E, assim como no corpo, se você não treina o músculo do pensamento, ele deixa de sustentar o peso das ideias.

CASES MARKETING RENAISSANCE

A academia que deu fim ao revezamento e deve faturar R$20 milhões

Você já ouviu falar sobre eles? A Silva Gym é uma academia que combina musculação premium com limite de alunos, atendimento personalizado e, claro, espaços instagramáveis, com mensalidades entre R$ 599 e R$ 739, que começou com unidades apenas no Rio de Janeiro, mas já expandiu para São Paulo (e quem sabe o Brasil inteiro?).

O que os fundadores - Rafael Silva, Eduardo Prado e Rodrigo Viegas - fizeram foi entender a dor do público que, muitas vezes, desistia dos treinos por falta de motivação e de treinos personalizados, além do abarrotamento das redes de academia.

A Silva Gym fez dessa a sua oportunidade porque entendeu 3 coisas que toda marca sexy e rica precisa ter em sua estratégia:

  1. Inovar com o que já existe.

Todo mundo já sabe que a geração Z é a geração fitness, mas não apenas isso, as pesquisas mostram que 66% deles gostam de praticar atividades físicas em grupo, o que explica o crescimento exponencial do CrossFit no Brasil em mais de 5.900%.

A lógica é simples: ao treinar com outras pessoas, isso as mantém motivadas e consistentes. E o que a Silva Gym fez foi não formar alunos, mas sim grupos, entregando a energia e o ambiente de uma comunidade real.

  1. Menos alunos, mais vínculos.

Com 350 a 450 alunos por unidade, a Silva Gym não precisou lotar suas academias - como suas concorrentes - para ter lucro pelo simples motivo de que quanto menor o volume, mais valor você é capaz de gerar. Ao entregar um modelo afetivo que motiva e não apenas entrega treinos genéricos permitiu que ela cobrasse uma mensalidade bem acima das demais.

  1. Um rosto (e uma voz) para a marca.

Com a chegada de Patrícia Ramos para o time, a Silva Gym criou o fit perfeito entre negócio e influenciadora, que já tinha construído um forte posicionamento com pilares claros: autoestima, independência feminina e bem-estar real (e não performático).

Fato é, senhoras e senhores, que a Silva Gym foi genial ao entender as tendências de seu mercado e as dores de sua audiência, associando sua marca institucional com uma forte marca pessoal. O resultado? A expectativa de dobrar sua receita e alcançar um faturamento de R$ 20 milhões, além de um negócio com fila de espera que não depende do projeto verão.

O que a Silva Gym fez foi dominar a linguagem dos influenciadores, os códigos de cultura e construir o próprio universo, crescendo com eficiência e gastando muito menos. Se você quer fazer o mesmo com sua empresa, faça sua aplicação no Programa Negócios Creators, nosso blend exclusivo entre consultoria, treinamento e comunidade.

GÊNIOS COMUNS

It's like my iPod stuck on replay

Você tem o hábito de ouvir as músicas em looping? Eu me peguei fazendo exatamente isso e o pior: eu percebi que isso me ajudava a me concentrar ainda mais no que estava fazendo.

A partir disso, descobri que David Bowie, Steve Jobs, Lady Gaga, Neymar e Elon Musk também possuem esse curioso hábito de ouvirem a mesma música várias e várias vezes seguidas - às vezes, até por dias.

Longe de mim ter a audácia de me comparar com esses gênios, mas isso me chamou a atenção e, o que pode ser uma mania para muitos possui uma explicação científica.

Nesse artigo, o autor afirma que Matt Mullenweg, fundador do WordPress, Ryan Holiday e Tim Ferriss afirmam que ouvir a mesma música no repeat ajuda a entrar no estado de flow. A lógica é simples: ao ouvir a mesma música de forma repetida, seu cérebro entra em um ritmo, onde você é capaz de prever o que vem a seguir.

Já esse outro estudo publicado na Psychology of Music pela Universidade de Michigan traz uma outra perspectiva sobre ouvir sua música favorita on repeat: isso fortalece o vínculo emocional com ela, proporcionando conforto, estabilidade emocional e reforço da identidade pessoal.

Há quem chame essas pessoas de “discos arranhados” por ficarem horas e horas ouvindo a mesma música, mas eu acredito que é justamente na previsibilidade daquela melodia que elas encontram liberdade para explorar territórios criativos imprevisíveis.

E você? Qual a música que fica horas e horas no seu fone de ouvido? Aparentemente, isso pode dizer mais sobre você do que imagina.

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Nos vemos na próxima semana 🤓

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