a moda agora é fazer compras com roupa de academia

Ladies and gentlemen, sejam bem-vindos ao POV by Vinci. 🤓

Sua mente não atrofia pela falta de informação… Mas ela adormece pelo excesso de conteúdo raso. Se você quer recuperar sua atenção, profundidade e foco, eis a nossa sugestão: livros que exigem presença, filmes que geram reflexões, podcasts longos e profundos, e artigos que não se limitam a um carrossel. Eu não tenho dúvidas de que essa é a melhor academia para sua mente.

Por qual deles você vai começar?

MARCAS SEXYS E RICAS

A moda agora é fazer compras com roupa de academia

Imagina se a moda pega no Brasil… Quer dizer, já pegou. Se antigamente, a imagem de sofisticação eram bolsas caras, salto alto e looks extremamente formais, a gen Z está redefinindo esse conceito e, agora, o luxo é leve, funcional e (extremamente) confortável. Estamos vivendo, senhoras e senhores, “o fim da roupa tradicional de rica”.

Afinal, o que significa ser rico? Para a gen Z, a riqueza se traduz em bem-estar, tempo de qualidade e liberdade. E isso, meus amigos, se vê, literalmente, na forma como nos vestimos - seja para treinar, fazer compras no shopping ou almoçar numa terça-feira.

Foi exatamente nesse cenário que surgiu a tendência do athleisure, ou seja, misturar peças esportivas e casuais, utilizando-as no dia a dia, mesmo fora da academia.

Mas o que está por trás dessa tendência?

1. A ascensão do wellness como status social.

Um estudo da McKinsey analisou essa obsessão da geração Z com a saúde e descobriu que 65% deles afirmam que o bem-estar é uma das prioridades de suas vidas - acima de estabilidade financeira ou sucesso na carreira.

Inclusive, eles também estão dispostos a pagar mais por produtos e marcas que entregam “bem-estar emocional” como um de seus atributos. Um exemplo desse comportamento é a Rare Beauty, da Selena Gomez, que trouxe saúde mental como um forte atributo da marca.

2. O quiet luxury em movimento.

Uma outra tendência em alta na moda é o quiet luxury: roupas mais discretas, sem logos visíveis e com foco em tecidos de alta qualidade com cortes impecáveis. Tanto um quanto o outro focam em um repertório silencioso, onde o luxo não precisa gritar, mas é um sussurro que é preciso de repertório cultural para entender o valor da peça.

3. A forte influência de marcas pessoais.

A presença de figuras influentes como Haily Bieber, Kim Kardashian e Bella Hadid que adotaram o athleisure como estilo de vida impactam diretamente o comportamento dos consumidores. Esse artigo da Influencity mostra que 61% dos consumidores confiam mais em recomendações de influenciadores e que o nível de atenção dos posts de influenciadores é 2,2 vezes maior do que o nível recebido por anúncios tradicionais.

E, como era de se esperar, as marcas não só acompanharam esse movimento como o transformaram em identidade. Desde Alo e Lululemon até Track&Field e Live!, todas incorporaram o conceito de athleisure em seu DNA, com peças funcionais que permitem suas audiências a vestirem esse estilo de vida com naturalidade, propósito e presença no dia a dia.

CASES MARKETING RENAISSANCE

Havaianas, todo mundo usa fez piada

A maioria teria encarado a situação como uma verdadeira crise, porém, a Havaianas entrou na brincadeira e fez do meme uma oportunidade para transformar crítica em dinheiro e aumentar sua conversão em 84%.

O que ela fez? Simples. Ela foi ousada e abraçou a cultura tupiniquim por completo: se o brasileiro ama uma praia, o futebol no fim de semana e dar risada com memes na internet, a Havaianas também ama muito tudo isso. O resultado foi que eles simplesmente adotaram, em menos de 24 horas, a cor “encardida” como o nome oficial dessa versão.

A Havaianas foi extremamente genial com essa ação por fazer o que toda marca sexy e rica deveria

1. Uma marca brasileira, com traços da cultura brasileira.

Ela foi muito além do que apenas a icônica bandeira brasileira em seus modelos, mas incorporou os traços do próprio povo, assumindo os atributos de diversão, conforto e irreverência, que conversam exatamente com sua audiência.

Por que isso importa? Ao fazer isso, a Havaianas renovou a carteirinha de uniforme do brasileiro para gerações completamente diferentes e se tornou o ícone da tendência Brazil Core na gringa.

2. Ela transformou os clientes em co-criadores da marca.

That’s absolute cinema… O que eles fizeram foi tirar os seus clientes do posto de meros telespectadores para também se tornarem criadores da marca.

Diferente das marcas tradicionais que conhecem seu público apenas a partir de pesquisas demográficas generalistas e distantes, a Havaianas habita nos mesmos espaços que sua audiência, participando das conversas, aderindo suas ideias e rindo de si mesma junto com ela.

3. Ela reforçou seu arquétipo do “homem comum”.

Enquanto as marcas de luxo se distanciam para manter seu ar de exclusividade, a Havaianas foi por um caminho totalmente oposto, onde assume o papel de acessível, humana e, é exatamente por isso, “todo mundo usa”.

A marca se coloca ao lado do público e levanta a bandeira do conforto, da diversão e daquele gostinho de brasilidade que você e eu gostamos. No final, ela constrói uma conexão genuína que nos faz sentir ainda mais brasileiros com as legítimas sandálias tupiniquins nos pés.

GÊNIOS COMUNS

O curioso hábito que está desaparecendo da sociedade

Quando se sentir ansioso e travado, faça como Eslen Delanogare, Beyonce e Naval Rafikant. Todos eles possuem um curioso hábito que está em sério risco de extinção: não apenas escrevem o que pensam e, mais do que isso, as divulgam publicamente.

O que a ciência explica sobre esse comportamento?

Esse artigo da Universidade da Pensilvânia, por exemplo, comprovou que escrever não apenas reduziu o estresse e a ansiedade, como também aumentou a resiliência e melhorou as habilidades sociais dos participantes do estudo.

Já esse outro estudo da Universidade da Carolina do Norte mostrou que esse hábito diminuiu os pensamentos intrusivos e negativos, liberando a mente para atividades criativas e permitindo maior foco e desempenho cognitivo.

E não para por aí… O ato de registrar o que se pensa é uma das ferramentas mais poderosas para construir sua marca por dois motivos:

1. Ele quebra a inércia: O maior desafio para se posicionar é começar. E registrar o que você está pensando, mesmo de forma imperfeita e desestruturada, é o caminho mais simples e poderoso para sair dessa paralisia.

2. Você constrói enquanto aprende: Pessoas em construção são mais fortes do que personagens prontos. Ao registrar e publicar suas ideias, dúvidas e descobertas, você não apenas documenta a sua jornada como fixa seu aprendizado.

No final, escrever e divulgar publicamente é ter a ousadia de documentar o processo e crescimento em vez de esperar pelo resultado. Talvez seja isso que falte para sua marca pessoal começar: não mais certezas e garantias, mas mais páginas escritas com honestidade.

Nos vemos na próxima semana 🤓

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