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o celular “tijolão” se tornou o novo luxo
e a marca que fez a bebida “descer redondo” para a Gen Z

Ladies and gentlemen, sejam bem-vindos ao POV by Vinci. 🤓
Habemus a palavra do ano… Se em 2024, a Oxford elegeu “brain rot” como a palavra do ano, para este ano, eles escolheram “rage bait”, que significa “conteúdo online deliberadamente criado para gerar raiva ou indignação ao ser frustrante, provocativo ou ofensivo, geralmente com o objetivo de gerar engajamento nas redes sociais”.
Na edição de hoje:
🤓 O celular “tijolão” se tornou o novo luxo
👀 A marca que fez a bebida “descer redondo” para a Gen Z
🧠 O seu cérebro está apodrecendo…
MARCAS SEXYS E RICAS
O celular “tijolão” se tornou o novo luxo
Parece que não é apenas a geração Z que está abandonando as telas… Na última edição da POV by Vinci, trouxemos que, cada vez mais, as novas gerações estão abandonando os dispositivos para viver experiências reais - e parece que eles não são os únicos.
Esse artigo publicando na CNN neste ano mostrou que, em 2022, cerca de 15% dos aparelhos vendidos globalmente ainda eram dumbphones - são cerca de 210 milhões de unidades vendidas, com um valor de mercado de US$ 3,2 bilhões. Além disso, as buscas por dumbphones cresceram quase 90% entre 2019 e 2021, e, neste período, as vendas globais saltaram de 400 milhões para mais de 1 bilhão de aparelhos.
A lógica é simples: se nos últimos 15 anos, o status foi ter um smartphone mais caro e estar sempre online (e “ocupado”) era sinônimo de ser importante, a conta finalmente chegou - uma geração ansiosa, com burnout e exausta, tudo porque estavam conectados 24 horas por dia.
O resultado? A busca por celulares mais simples, sem aplicativos (e, claro, redes sociais) estão voltado do passado para desfilar nas prateleiras de luxo entre os jovens e, principalmente, os consumidores fiéis do mercado wellness.
Mas isso não é apenas uma tendência para os celulares.
A partir de agora, senhoras e senhores, o novo luxo é migrar do digital para o analógico. Se antes o símbolo de status era mostrar absolutamente tudo que se estava fazendo nas redes sociais, hoje ele se transformou nos momentos de silêncio absoluto, de tempo longe das telas e do estado de presença - e essa é definitivamente a tendência para as próximas décadas.
E como as marcas estão se aproveitando desse movimento para crescer de forma acelerada?
O Grand Velas, um resort de 5 estrelas no México, criou um novo cargo - o “detox concierge” - que nada mais é do que um profissional que entra no seu quarto e remove todos os aparelhos eletrônicos e os substitui por jogos de tabuleiros e livros.
A Bottega Veneta saiu do jogo tradicional de redes sociais (literalmente!) e deu all-in nessa tese ao apostar em desejo, cultura e experiência como os motores da sua marca. Esse é um exemplo clássico de como uma forma de “escassez digital” se transformou no posicionamento de uma gigante do mercado de luxo.
A Alo Yoga, em 2020, já tinha percebido essa tendência e substituiu as estampas e logos chamativos de seus concorrentes por um design mais simples e minimalista, posionando as suas leggings como ferramenta de “mindful movement”.
A verdade é que, hoje, qualquer um consegue parcelar um iPhone e fingir que está o tempo todo ocupado, mas passar um fim de semana sem sinal no celular e zero notificações, e com o poder para mandar na sua própria agenda, exige uma nova moeda: o tempo.
Essa é a geração protagonista de uma das maiores rupturas do mundo dos negócios e se você quer fazer dessa a melhor oportunidade da sua empresa, faça sua aplicação para ter a Vinci trabalhando na sua marca e fazendo dela uma das mais sexys e ricas dessa geração.
CASES MARKETING RENAISSANCE
A marca que fez a bebida “descer redondo” para a Gen Z

Você conhece a Beatbox? Enquanto o consumo de cerveja parava de descer redondo e o wellness ganhava espaço, a BeatBox reposicionou o vinho como um objeto cultural de festa, não como uma bebida adulta, formal ou ritualística.
Mas será que deu certo? Em 2024, a marca faturou quase R$ 1 bilhão com uma presença em mais de 45 mil pontos de venda. O resultado foi tão consistente que, em 2025, a Anheuser-Busch comprou 85% da empresa por cerca de US$ 490 milhões, incorporando a BeatBox ao seu portfólio “Beyond Beer”.
O que eles fizeram para surfar o hype do wellness do jeito certo?
Fizeram do vinho em uma bebida que você pode beber em festas e parecer cool;
Criaram uma embalagem de 500ml, fácil de carregar, que custa menos de 5 dólares;
Trouxeram um mix do design entre refrigerantes saudáveis e bebidas proteicas.
Ou seja, eles pegaram uma bebida associada a rituais formais e consumo adulto e a reposicionaram como um passaporte social para música, festa e vida noturna.
E o que a sua marca pode aprender com a Beatbox?
Atrele o seu produto à um momento da vida do seu cliente;
Traga uma paixão do seu público para sua comunicação;
Esteja presente exatamente nos locais onde essa paixão acontece;
Aproveite os gaps de mercado para repaginar um produto comum em algo inovador.
Aproveitar um gap de mercado e dar uma nova roupagem para um produto comum.
O BeatBox é apenas uma das marcas que estão faturando muito e se diferenciando dos seus concorrentes, se destacando em mercados que, antes, eram dominados por gigantes. Se você quer fazer o mesmo com a sua marca, faça sua aplicação e conheça as soluções para ter a Vinci trabalhando para sua empresa.
GÊNIOS COMUNS
O seu cérebro está apodrecendo…
Lembra do “braint rot”? Essa foi a palavra (ou expressão, nesse caso) eleita pela Oxford como a Palavra do Ano em 2024. Apesar de ser vista como engraçada pelas pessoas, esse termo se tornou um dos mais trágicos que entrou recentemente em nosso vocabulário cultural.
Eu vou explicar o motivo.
É muito provável que você teve a sensação opaca e inquieta que não está mais tão afiado quanto antes, que a sua capacidade de atenção e de memória estão se degradando drasticamente a cada vídeo de 15 segundos no TikTok.
Por isso, eis aqui um reset “anti-braint rot” para ser feito neste final de ano.
Desfaça as pazes com o seu celular. Você sabia que esse dia ia chegar mais cedo ou mais tarde. Nada de celular entre às 21h e a às 8h da manhã, ative o modo escala de cinza em 70%, e desative todas as notificações não essenciais.
Abrace o tédio. Ao invés de transformar a distração no nosso modo padrão, aprenda a ficar em silêncio sem preenchê-lo imediatamente. Pode ser uma caminhada de 20 minutos sem dispositivos ou almoçar sem assistir a nada.
Escreva, escreva e escreva. Essa é uma habilidade que está em extinção e é parte fundamental do processo de pensar. Quando você escreve, força o seu cérebro a desacelerar e conectar ideias.
Encontre um hobby. Escolha um novo esporte, atividade ou entretenimento que te faça desconectar completamente das redes sociais e aproveite este momento de forma intensa e intencional.
Leia mais livros. O meu maior conselho sobre leitura é o mesmo do Naval Rafikant - “Leia o que você ama até amar ler”. Seja quadrinhos, romances, mistérios ou biografias. Tudo vale. O mais importante é que esteja lendo e realmente gostando disso.
A verdade é que o seu cérebro não se perde por falta de informação, mas por não ter quase nenhum tempo para de fato pensar.
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Nos vemos na próxima semana 🤓
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