o jogo das redes sociais mudou (de novo)

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MARCAS SEXYS E RICAS

O jogo das redes sociais mudou (de novo)

Você ficou sabendo das novidades? Recentemente, o Instagram anunciou duas mudanças que mostram, de forma explícita o novo rumo da internet e que vão mudar a forma como as marcas produzem conteúdo nas redes sociais. Eis as mudanças:

1. O lançamento da ferramenta de tradução automática com IA. Como ela funciona? A partir de agora, senhoras e senhores, qualquer conteúdo pode ser traduzido e adaptado para outros idiomas in real time.

2. O anúncio da versão paga sem anúncios do Instagram e do Facebook, lançada oficialmente no Reino Unido, um modelo que já funciona no YouTube Premium e no Spotify.

O que isso significa na prática?

Em primeiro lugar, que a guerra pela atenção que, antes era nacional, expandiu suas fronteiras para o mundo todo. E, mais importante: o público agora tem o poder de decidir se continua ou não sendo impactado pelos anúncios. Se antes a sua marca pagava para aparecer, agora são as pessoas que têm a chance de pagar para não te ver.

Os números explicam a mudança: o YouTube Premium já ultrapassou 125 milhões de assinantes, e o Spotify soma 276 milhões de usuários premium. Ou seja, uma fatia cada vez maior da audiência está saindo do radar das marcas que dependem apenas de anúncios pagos.

Qual a mudança para as marcas? A partir de agora, as marcas que sabem se comportar e criar como influenciadores terão cada vez mais notoriedade e relevância - tanto na versão gratuita quanto na premium. Por outro, aquelas que ainda tratam seus feeds como vitrines estáticas com cheiro e gosto de propaganda estão com seus dias contados.

Portanto, se você quer que a sua marca comece a jogar o jogo da forma correta, essas são as 4 estratégias obrigatórias para implementar hoje mesmo:

1. Criar conteúdo nativo da plataforma. Adaptam o formato, o ritmo e a linguagem para o comportamento do usuário em cada canal.

2. Gerar identificação real com a audiência. Não vendem produtos, vendem histórias, estilos de vida e visões de mundo.

3. Pesar além do Instagram. Constroem um ecossistema de canais que se retroalimenta: YouTube, podcast, newsletter, eventos físicos.

4. Criar produtos com “fit cultural”. Ou seja, o produto é consequência natural do posicionamento, não o ponto de partida.

A verdade é que, goste você ou não, o Instagram está apenas escancarando o que a cultura das redes sociais já apresentava de sinais: que o futuro pertence às marcas que sabem entreter, e não às que apenas querem vender.

CASES MARKETING RENAISSANCE

Como um escritório virou palco dos maiores artistas do mundo?

Já ouviu falar do Tiny Desk? Ele é a prova viva que você não precisa do palco nem plateia para construir desejo. O cenário é o mesmo desde 2008: uma estante de livros, uma mesa de trabalho e algumas câmeras posicionadas de forma despretenciosa.

E se você acha que isso não funciona… Esses são apenas alguns dos nomes que já passaram pelo Tiny Desk: Taylor Swift, Dua Lipa, Justin Bieber, Adele, Billie Eilish, Seu Jorge, Liniker e Milton Nascimento.

Esse é o projeto musical da rádio pública americana NPR, que se transformou - meio sem querer - no palco mais cultuado da internet para os maiores artistas do mundo.

O que a sua marca pode aprender com a estratégia deles?

1. Escolha um atributo intangível e desejado

O Tiny Desk não compete por views, compete por relevância simbólica e representa talento bruto em sua máxima potência. A Garmin representa alta performance. A Aime Leon Dore é símbolo de nostalgia com sofisticação, enquanto a Harley, liberdade visceral. O que a sua marca representa, de verdade?

2. Crie um território próprio e reconhecível

O Tiny Desk é um “não-palco” tão icônico que se tornou cenário de desejo. O que era apenas um escritório virou o equivalente a um palco do Lollapalooza, só que mais íntimo, mais honesto, mais potente. Sua marca tem um território que os outros não conseguem copiar?

3. Amplifique o desejo através de microcomunidades

A expansão do Tiny Desk para o Brasil, com artistas locais e gravações no Google, é uma estratégia certeira de distribuição cultural. Ao invés de tentar ser global de forma genérica, a marca foi local com alma e contexto.

Quando você cria um produto ou espaço que carrega atributos emocionais fortes, o desejo se distribui sozinho. Você não precisa de um palco. Só precisa de um símbolo.

GÊNIOS COMUNS

O curioso hábito dos gênios de levar o ócio a sério

Einstein tocava violino. Steve Jobs estudava caligrafia. Roger Federer jogava futebol e basquete antes de segurar uma raquete. Agatha Christie escrevia histórias policiais enquanto cuidava do jardim. E Bill Gates se isolava duas vezes por ano em suas famosas Think Weeks, apenas para ler, pensar e anotar ideias.

À primeira vista, tudo isso parece distração. Mas a ciência mostra o contrário: os hobbies são o combustível invisível da genialidade. Eis o motivo disso:

1. O Efeito Generalista. Quanto mais hobbies você tem, mais pontos você tem para conectar. Você aumenta a “superfície de ideias” do seu cérebro, dando a ele mais referências para recorrer quando precisar resolver problemas. Sua amplitude é o seu diferencial.

2. O Efeito Network. Cada novo hobby te apresenta a novas pessoas. Isso significa novas ideias, oportunidades inesperadas e golpes de sorte.

3. O Efeito de Descompressão. Os hobbies reduzem o estresse e recarregam o cérebro.

Da próxima vez que sair para correr, pintar um quadro ou simplesmente deixar na grama não se sinta culpado. Esse hobby pode estar construindo a mentalidade que vai mudar a sua vida.

Nos vemos na próxima semana 🤓

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