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Tendências para 2025
5 tendências para você criar as marcas mais sexys e ricas
Ladies and Gentlemen,
Sejam bem-vindos à Vinci News. Nossa missão aqui é disponibilizar para os seus olhos, ouvidos e cérebros o crème de la crème da construção de marca, marketing e receita.
Nesta primeira edição, como estamos no final de 2024, a missão é entregar em primeira mão as seis melhores práticas e tendências para o marketing de 2025. Se você fechar as outras janelas, prestar atenção e aplicar o que vou compartilhar aqui, você certamente estará muito à frente de todo mundo que não leu esta newsletter.
Sem mais delongas, vamos aos fatos.
Nos últimos anos, a lógica por trás das redes sociais mudou completamente.
Antes, canais como YouTube, Facebook e Instagram entregavam seu conteúdo apenas para quem te seguia.
Depois, com a criação de rankings e o fim da ordem cronológica, o conteúdo começou a ser filtrado, e perfis que você não seguia passaram a ser recomendados.
Durante a pandemia, o TikTok veio com tudo e bagunçou a internet com dois grandes movimentos: vídeos curtos e Feed For You.
Os vídeos curtos tornaram o TikTok dinâmico e viciante. Enquanto o Instagram exibia stories, posts estáticos e lives, o TikTok se tornou uma verdadeira “Netflix” de vídeos curtos – puro entretenimento e dopamina para quem estava entediado.
A outra grande mudança foi o Feed For You. No Instagram, você via principalmente posts das pessoas que seguia, com poucas recomendações e alguns anúncios. Já no TikTok, o feed passou a ser recheado de conteúdos novos, focados no que você gosta de consumir, independentemente de quem você segue. Sim, você ainda vê conteúdos de quem segue, mas só se demonstrar interesse contínuo nessa conta.
Diante desse cenário, o Instagram se adaptou criando o Reels e o Feed For You. No começo, essa adaptação foi tímida, mas quando os creators perceberam o alcance 40% maior dos Reels em comparação a outros formatos, eles deixaram de lado o antigo queridinho: o carrossel.
Essa mudança confundiu quem constrói marcas no digital. A transição do Facebook para o Instagram foi relativamente natural, pois os formatos eram parecidos. Mas com os vídeos curtos, o jogo mudou completamente.
Para piorar, surgiram os “especialistas” em redes sociais oferecendo hacks, trends, áudios prontos e ações ridículas, levando ao apodrecimento do conteúdo digital.
Por isso estou aqui, na contramão desse apodrecimento mental.
E se você também estava cansado do brain rot, pode ficar feliz, porque ao que tudo indica, o jogo está mudando.
E as melhores práticas para você construir marca e gerar receita no curto, médio e longo prazo em 2025 são essas aqui:
#1: O futuro será conteúdo por humanos, e não por IA
Ao contrário do que muitos dizem sobre a Inteligência Artificial dominar a produção de conteúdo, os resultados de posts gerados por IA, as medidas adotadas pelas plataformas e o comportamento dos usuários mostram que o toque humano continua sendo essencial.
Alguns pontos importantes:
O Instagram promove conteúdos originais e autênticos. O Mark ajustou o algoritmo da rede social para priorizar conteúdos originais, reduzindo a visibilidade de contas que repostam materiais sem agregar valor. Essas mudanças garantem que criadores autênticos sejam reconhecidos, reforçando o compromisso com a originalidade e a competitividade justa.
Saturação de conteúdo genérico. Apesar da IA ser uma ferramenta poderosa para escalar processos, as melhores histórias ainda nascem da mente humana. A criatividade verdadeira exige algo que a IA não consegue replicar: intuição, empatia e a capacidade de transformar experiências reais em significados profundos. Por isso, marcas e criadores que investem em autenticidade estão se destacando.
Simplicidade estratégica. Já se perguntou por que conteúdos simples têm funcionado tão bem hoje? Eles oferecem um alívio. Um vídeo de um gatinho escorregando, um tutorial caseiro ou alguém mostrando como fazer café são respiros em uma realidade saturada de ruído.
Redes como TikTok e Instagram têm sido palco para essa "simplicidade estratégica". Um exemplo é a Marc Jacobs, que abriu mão do controle criativo no TikTok, entregando-o a seus criadores. O resultado? Conteúdos autênticos e leves que celebram as "vibes" descontraídas. Em tempos complexos, o conteúdo que brilha é aquele que simplifica.
#2: O anti-apodrecimento mental
Atualmente, 1 em cada 4 usuários da internet se sente sobrecarregado pelos espaços digitais. Perfis que prometiam enriquecer e conectar vidas agora exaurem as pessoas.
A maioria dos usuários busca as redes para aliviar o estresse. Quando essas plataformas começam a gerar mais pressão do que entretenimento, a tendência é o abandono, o que prejudica empresas que dependem desse público para lucrar.
Isso abre espaço para um discurso oposto: marcas que entregam significado e mostram preocupação com a saúde mental de seus consumidores podem criar conexões mais profundas.
A força da nostalgia
O marketing de nostalgia tem se mostrado eficaz ao resgatar memórias e sentimentos positivos do passado. Essa estratégia conecta o presente a épocas idealizadas como mais simples e felizes.Um exemplo é a Geração Z, que, mesmo sem ter vivido os anos 90, sente uma profunda conexão com a década. Pesquisas apontam que 37% desses jovens expressam nostalgia pelo período, idealizado como um refúgio emocional em meio aos desafios atuais.
Tanto Millennials quanto a Geração Z cresceram em uma era digitalmente conectada, marcada por desigualdades sociais, crises climáticas, excesso de conectividade e os impactos de uma pandemia global. Essas circunstâncias intensificam os sentimentos negativos, levando-os a buscar alívio no passado.
A nostalgia oferece uma proteção contra as turbulências do presente e se torna uma poderosa ferramenta para marcas que querem promover alívio e positividade.
#3: A hora e a vez das collabs
Parcerias entre marcas estão em alta, principalmente as que surpreendem ao unir universos distintos para criar algo novo e desejável. Exemplos notáveis incluem:
Aimé Leon Dore x Porsche. Um encontro entre moda contemporânea e tradição automotiva, criando uma versão personalizada do icônico Porsche 911.
Heinz x Absolut. A união inusitada resultou em um molho de tomate com vodka inspirado no Bloody Mary, atraindo atenção e engajamento nas redes.
Skims x Charli XCX. A campanha celebrou individualidade e estilo, combinando moda íntima com a ousadia da música pop eletrônica.
Pesquisas recentes indicam que 36% dos profissionais de marketing acreditam que collabs surpreendentes serão uma tendência forte em 2025. Essas alianças não apenas fortalecem as marcas, como também aumentam reconhecimento e engajamento positivo. Segundo a Brandwatch, entre quase 9 milhões de menções sobre collabs, 75% foram positivas, demonstrando o entusiasmo dos consumidores.
#4: De volta à comunidade
Se apenas 1% a 10% dos seus seguidores consomem seu conteúdo regularmente, o foco não deve ser apenas no crescimento de números, mas na construção de conexões autênticas e engajadas.
Criadores de conteúdo são, essencialmente, líderes de comunidades. Eles desempenham um papel fundamental no fortalecimento de vínculos entre pessoas e marcas. Dados do Goldman Sachs indicam que, em 2024, a Creator Economy movimentará US$ 250 bilhões, com projeções de alcançar US$ 480 bilhões até 2027. Comunidades formadas por criadores, sejam focadas em esportes, beleza ou outros interesses, oferecem um grande potencial para marcas que desejam influenciar e engajar mais profundamente.
Essas comunidades vão além da publicidade tradicional. Segundo a pesquisa Creator Digest da Kantar, conteúdos liderados por criadores superam a média de distinção de marca em quase cinco vezes, reforçando a importância dessas vozes autênticas para construir confiança e atrair consumidores. A colaboração entre marcas e criadores, alinhada a estratégias bem planejadas, será indispensável para criar impacto em múltiplos canais, influenciar pessoas e gerar valor emocional.
Um exemplo é a Gymshark, que construiu seu sucesso com base em sua comunidade fitness. Ben Francis, fundador da marca, priorizou conexões genuínas desde o início, participando de eventos em academias, ouvindo clientes e promovendo relacionamentos reais. Essa abordagem deu origem a iniciativas como o Gymshark World Tour, que fortaleceu laços globais, e os Gymshark Insiders, um grupo de clientes que fornecem feedback para inovações. O sucesso da Gymshark é prova de que ouvir a comunidade pode transformar clientes em defensores da marca.
#5: Encontros presenciais: a fadiga das telas
Eventos presenciais oferecem às marcas uma oportunidade única de engajar suas audiências de forma memorável. Essas experiências imersivas não são apenas encontros físicos, mas momentos cuidadosamente projetados para serem impactantes, compartilháveis e emocionalmente marcantes.
Faça o seguinte exercício: pense em uma loja pop-up com design exclusivo e senso de exclusividade ou em uma aula de treino que transforma o comum em algo cheio de energia e pertencimento. Esses eventos despertam urgência e escassez, estimulando a participação e gerando uma quantidade expressiva de conteúdo espontâneo. Afinal, quem não gosta de registrar um cenário visualmente marcante ou interativo?
A localização e personalização desses eventos também têm um papel crucial. Em 2024, foram registradas mais de 5 milhões de menções relacionadas a eventos locais, destacando como ações específicas para diferentes mercados fortalecem as conexões entre marcas e seus públicos. Esses momentos mostram aos consumidores que suas particularidades são valorizadas, criando laços mais profundos.
O verdadeiro valor dos eventos presenciais está em conectar as pessoas ao DNA da marca, transformando participantes em embaixadores. Quando essas interações são alinhadas a estratégias digitais, tornam-se amplificadores poderosos, expandindo o alcance e consolidando a presença da marca por meio de recomendações genuínas e conteúdos orgânicos compartilhados nas redes.
Vinci Highlights

🟤 Comida é novo luxo. Na última semana, a Pantone anunciou a cor para 2025: Mocha Mousse. Sim, é o nome de duas comidas. Coincidência? Eu acredito que não. Uma das tendências para o próximo ano são as colaborações com marcas de comida. Inclusive, a Hope anunciou sua coleção de verão para 2025 com as cores dos sorvetes da Bacio di Latte: verde de pistache, rosa de creme de morango, amarelo de creme de maracujá e branco do sabor clássico da marca.
🧠 Brain rot. Sim, senhoras e senhores, a palavra do ano pela Oxford foi “brain rot”. Ainda não conhecia a palavra? Ela significa “apodrecimento do cérebro”, muito pelo aumento de vídeos fúteis, inúteis e até estranhos sendo publicados nas redes sociais. Mas, apesar de ser a palavra de 2024, o termo foi utilizado pela primeira vez em 1854 pelo escritor Henry Thoreau em seu clássico “Walden”, exatamente para criticar a tendência das pessoas em desvalorizar ideias complexas e preferir as mais simples.
⭐ As gêmeas do ano. Tivemos as irmãs Mary-Kate e Ashley Olsen, fundadoras da The Row, que, depois de uma crise financeira durante a pandemia, parecem estar vivendo the time of their lives: pela primeira vez, a marca entrou para a estrelada Lyst Index, o ranking que compila as marcas de moda mais quentes do mundo. O motivo? O sucesso indiscutível da bolsa Margaux, o item mais cobiçado no momento, que custa por volta de US$ 5 mil.
Nos vemos na próxima semana 🤓
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